segunda-feira, 6 de maio de 2013

A pressa


Um jovem e bem sucedido executivo dirigia pela vizinhança, correndo demais em seu novo carro. Observando as crianças se lançando entre os carros estacionados, achou ter visto algo.
Enquanto passava, nenhuma criança apareceu. De repente, um tijolo espatifou-se na porta lateral de seu carro. Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo o tijolo. Saltou do carro, pegou violentamente uma criança empurrando-a contra a parede e gritou:
- “Por que você fez isso… que besteira pensa que está fazendo? Este é um carro novo e caro! Aquele tijolo que você jogou vai me custar muito dinheiro, seu moleque… Por que você fez isso?”
– “Por favor, senhor, me desculpe. Eu não sabia mais o que fazer! Ninguém estava disposto a parar e me atender neste local.”
Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos carros estacionados.
- “É o meu irmão. Ele desceu sem freio, caiu de sua cadeira de rodas e eu não consigo levantá-lo”.
Soluçando o menino perguntou ao executivo:
- “O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está machucado e é muito pesado para mim”.
Movido internamente muito além das palavras, o executivo colocou o jovenzinho em sua cadeira de rodas. Tirou o lenço, limpou-lhe as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.
- “Obrigado e que Deus possa abençoá-lo, disse a grata criança”.
O homem então viu o menino se distanciar, empurrando o irmão em direção a sua casa. Foi um longo caminho de volta para o carro… um longo e lento caminho de volta. Ele nunca consertou a porta amassada. Deixou-a amassada para lembrá-lo de não ir tão rápido pela vida, de modo que alguém tivesse que atirar um tijolo para obter sua atenção.
Às vezes somos assim: andamos rápido e não percebemos que Deus sussurra e fala aos nossos corações. Algumas vezes, quando não paramos para ouvir, Ele tem que jogar um tijolo em nós. Na velocidade do mundo moderno, não temos tempo para ouvir nem curtir aquilo que nos cerca, nem vemos o que estamos deixando para trás, a beleza que Deus colocou em nosso caminho. Às vezes, uma tijolada nos faz muito bem; faz-nos refletir de que maneira estamos vivenciando os dons que Ele nos confiou.
Podemos ainda ter tanta pressa que não paramos para ouvir sua voz que nos chama: VEM E SEGUE-ME!
Neste exato momento, Deus pode estar lhe dando uma tijolada…

Ter fé


Ter fé e ACEITAR os desígnios de Deus ainda que não os entendamos, ainda que não nos agrade. Se tivéssemos a capacidade de ver o fim desde o princípio tal como Ele vê, então poderíamos compreender por que às vezes nossa vida é conduzida por caminhos estranhos e contrários a nossa razão e aos nossos desejos.
Ter fé é DAR quando não temos, quando nós mesmos necessitamos. A fé sempre encontra algo valioso onde aparentemente não existe; pode fazer que brilhe o tesouro da generosidade em meio à pobreza e ao desamparo, enchendo de gratidão ao que recebe e ao que dá.
Ter fé é CRER quando é mais fácil ficar na dúvida. Se a chama da confiança em algo melhor se extingue em nós, então não há outro meio que não nos entregarmos ao desânimo. A crença em nossas bondades, possibilidades e talentos, tanto como em nossos semelhantes, é a energia que move a vida fazendo grandes vencedores.
Ter fé é GUIAR nossa vida não com os olhos, mas sim com o coração. A razão necessita de muitas evidências para arriscar-se, o coração necessita só de um raio de esperança. As coisas mais belas e grandes que a vida nos dá não se podem ver nem sequer tocar, só se podem acariciar com o espírito.
Ter fé é LEVANTAR-SE quando se está caído. Os revezes e fracassos em qualquer área da vida nos entristecem, porém é mais triste ficar lamentando-se no frio chão da autocompaixão, acompanhado pela frustração e a amargura.
Ter fé é ARRISCAR-SE na troca de um sonho, de um amor, de um ideal. Nada que vale a pena nesta vida pode se conseguir sem esta dose de sacrifício, que implica desprender-se de algo ou de alguém, a fim de adquirir algo que melhore nosso próprio mundo e o dos demais.
Ter fé é VER positivamente a vida à frente, não importa quão incerto pareça o futuro ou quão doloroso foi o passado. Quem tem fé faz hoje um fundamento do amanhã e trata de vivê-lo de tal maneira que quando fizer parte de seu passado, possa vivê-lo como uma grata recordação.
Ter fé e CONFIAR, porém confiar não somente nas coisas, mas sim no que é mais importante… em Deus e nas pessoas. Muitos confiam no material, porém vivem relações vazias com seus semelhantes. Certamente sempre haverão aqueles que trairão tua confiança; assim o que temos a fazer é seguir confiando em Deus e perdoando aqueles que nos magoaram.
Ter fé é BUSCAR o impossível: sorrir quando os dias se encontram nublados e teus olhos estão secos de tanto chorar. Ter fé é não deixar nunca de cobrir teus lábios com um sorriso, nem sequer quando está triste, porque nunca sabes quando teu sorriso pode dar luz e esperança à vida de alguém que se encontra em pior situação do que a tua.
Ter fé é CONDUZIR-SE pelos caminhos da vida da mesma forma que uma criança segura a mão de seu pai. É entregarmos nossos problemas nas mãos de Deus e nos jogarmos em seus braços antes de cair no desespero. Ter fé é esperarmos em Deus, e com Ele carregarmos nossa coleção de problemas.
Extraído do Livro: “MOMENTOS COM MARIA – Pensamentos e Parábolas”

Biografia do Papa Francisco


Cidade do Vaticano (RV) – O novo pontífice é o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, que nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936. É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina e sem Ordinário do rito próprio.
O Papa jesuíta se formou como técnico químico, mas depois escolheu o caminho do sacerdócio e entrou para o seminário de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus. Completou os estudos humanistas no Chile e em 1963, voltou para Buenos Aires e se formou em filosofia na Faculdade de Filosofia do Colégio máximo San José, de São Miguel.
De 1964 a 1965, ensinou literatura e psicologia no Colégio da Imaculada de Santa Fé e, em 1966, ensinou essas mesmas matérias no Colégio do Salvador, em Buenos Aires.
De 1967 a 1970 estudou teologia na Faculdade de Teologia do Colégio máximo San José, de São Miguel, onde se formou.
Em 13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote.
Em 1970-1971, completou a terceira aprovação em Alcalá de Henares (Espanha), e em 22 de abril de 1973 fez a profissão perpétua.
Foi mestre de noviços em Villa Barilari, San Miguel (1972-1973), professor na Faculdade de Teologia, Consultor da Província e Reitor do Colégio máximo. Em 31 de julho de 1973, foi eleito provincial da Argentina, cargo que desempenhou por seis anos.
De 1980 a 1986, foi reitor do Colégio máximo e das Faculdades de Filosofia e Teologia dessa mesma Casa e pároco da Paróquia de São José, na Diocese de San Miguel.
Em março de 1986, viajou para a Alemanha para completar sua tese de doutorado. Foi enviado pelos seus superiores ao Colégio do Salvador e passou para a igreja da Companhia na cidade de Córdoba, como diretor espiritual e confessor.
Em 20 de maio de 1992, João Paulo II o nomeou Bispo titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires. Em 27 de junho do mesmo ano, recebeu na catedral de Buenos Aires a ordenação episcopal das mãos do Cardeal Antonio Quarracino, do Núncio Apostólico Dom Ubaldo Calabresi e do Bispo de Mercedes-Luján, Dom Emilio Ogñénovich.
Em 3 de junho de 1997 foi nomeado Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires e em 28 de fevereiro de 1998 Arcebispo de Buenos Aires por sucessão à morte do Card. Quarracino.
É autor dos livros: «Meditaciones para religiosos» del 1982, «Reflexiones sobre la vida apostólica» del 1986 e «Reflexiones de esperanza» del 1992.
É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina que não podem contar com um Ordinário de seu rito. Grão-Chanceler da Universidade Católica Argentina.
Relator-Geral adjunto da 10ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (outubro de 2001).
De novembro de 2005 a novembro de 2011 foi Presidente da Conferência Episcopal Argentina.
Foi criado Cardeal pelo Beato João Paulo II no Consistório de 21 de fevereiro de 2001, titular da Igreja de São Roberto Bellarmino.
É Membro:
das Congregações: para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; para o Clero; para os Institutos de vida consagrada e as Sociedades de vida apostólica;
do Pontifício Conselho para a Família:
da Pontifícia Comissão para a América Latina.

Pílula do dia seguinte é abortiva, afirmam especialistas

A pílula do dia seguinte é distribuída na Rede Pública de Saúde do país desde 2005, e atualmente, não há necessidade de receita médica para retirá-la. A proposta do Ministério de Saúde é evitar a gravidez indesejada e consequentemente o número de abortos.

Na cartilha que orienta os profissionais de saúde, o Ministério afirma que a pílula não é abortiva, e que simplesmente impediria a fecundação, por evitar o encontro do espermatozoide com o óvulo. Entretanto, a fecundação pode ocorrer entre um a cinco dias após a relação sexual, estando a mulher em período fértil, e ali, nesse momento, começa a vida. "Como é apresentado em qualquer livro de biologia", afirma a Doutora em Microbiologia pela UNIFESP, Dra. Lenise Garcia, também integrante da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília e da CNBB e presidente do Movimento Brasil Sem Aborto.

Segundo a especialista, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) tem começado a difundir a ideia de que o momento da concepção, ou seja, da gravidez, seria só após o "óvulo" ter se implantado no útero, o que leva cerca de seis a oito dias após a fecundação, e com base nesse argumento afimam que a pílula do dia seguinte não é abortiva. Contudo, nesse aspecto há equívocos, pois a cartilha chama de óvulo aquele que já é o embrião humano, ressalta Dra. Lenise. "A fecundação já é uma vida humana, original, se não fosse isso não haveria o que 'implantar'. É uma incoerência do argumento", afirma.

Com base nisso, os especialistas pró-vida alertam que a pílula é abortiva, pois como é utilizada até cinco dias depois da relação sexual, pode ocorrer do óvulo já ter sido fecundado e por consequência impedir que ele siga o percurso natural de implantação no útero.

"Com o óvulo fecundado começa uma nova vida, ainda minúscula, mas ali já tem o código genético de um novo ser humano. E nesse embriãozinho, o zigoto, está concentrada toda a potencialidade de desenvolvimento de um ser humano. Por isso que, a Igreja Católica acompanhando a opinião de grandes cientistas reconhece que ali já se trata de vida humana e que tomar uma pílula para expulsar aquele óvulo fecundado significa abortar", esclarece o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini.

Além dessa preocupação, muitos médicos têm afirmado que a pílula é como "uma bomba hormonal", que equivale a quase meia cartela dos anticoncepcionais comuns. "O que é distribuído em 25 dias será distribuído nas 72 horas após o ato sexual. É uma grande quantidade de hormônios que o corpo feminino recebe e logicamente terá efeitos colaterais", explica o médico e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias.

Banalização das relações humanas

Outro aspecto abordado por Dom Antônio é o de que, na sociedade atual, as relações entre as pessoas estão ficando muito no âmbito superficial e, em alguns casos, apenas no âmbito físico, e se esquece que há outros valores que sustentam os relacionamentos humanos e a sociedade em geral.

"O valor do relacionamento do homem e da mulher que culmina numa relação sexual não é apenas um ato físico, um ato reprodutor, mas é um ato em que está envolvidos muitos valores que elevam o relacionamento do homem e da mulher, tais como fidelidade, carinho, amor verdadeiro, entrega, doação de um ao outro, o nascimento de uma criança que torna o homem e a mulher pais, que é o valor muito grande da paternidade e maternidade, a amizade, o autodomínio, a fortaleza, a lealdade e a  sinceridade do ato conjugal", explicou Dom Antônio.

O bispo ainda alertou que ao facilitar essa "segurança" contra a gravidez, ajuda-se a destruir os relacionamentos humanos e a própria família, e com isso, os relacionamentos de amor, de gratuidade, deixando a sociedade à mercê da banalização dos relacionamentos.  "É isso que nos surpreende: que o Ministério da Saúde, com essa cartilha e essa distribuição gratuita e ágil da pilula do dia seguinte, pretenda tornar a sociedade humana banalizada e sem sentido de compromisso entre as pessoas".